O gestor encarregado da reestruturação da companhia aérea moçambicana LAM informou à Lusa, na quarta-feira, que as alfândegas portuguesas têm impedido a entrada de carga proveniente dos voos da LAM, oriundos de Maputo, em Lisboa.
Segundo Sérgio Matos, responsável pela reestruturação das Linhas Aéreas de Moçambique, desde dezembro do ano passado, quando foram retomados os voos para Lisboa após 12 anos de interrupção, a LAM tem enfrentado a falta de resposta das autoridades alfandegárias portuguesas em relação ao pedido de autorização para entrada de carga, conhecido como EOR, emitido pela União Europeia.
Apesar de o avião partir vazio de carga de Maputo para Lisboa, o transporte de carga de Lisboa para Maputo não tem encontrado restrições. Matos expressou preocupação com a demora na resposta das autoridades portuguesas, destacando que a situação se arrasta há cinco meses, sem um esclarecimento claro sobre o motivo do atraso.
O gestor ressaltou que a falta de informação está gerando apreensão entre os comerciantes moçambicanos, que temem estar sendo prejudicados em relação aos seus homólogos portugueses. Ele enfatizou a necessidade de transparência e de um homem um cronograma claro por parte das autoridades portuguesas.
Sérgio Matos afirmou que a LAM deseja apenas entender o tempo necessário para obter a autorização e que a situação está causando desconforto entre os comerciantes em Moçambique, que especulam sobre uma possível preferência das autoridades portuguesas pelos comerciantes locais.
Em relação aos voos, Matos mencionou que a taxa de ocupação nos voos de Maputo para Lisboa está acima de 80%, com cerca de 260 a 280 passageiros em cada um dos dois voos semanais. Já nos voos de Lisboa para Maputo, o número de passageiros varia entre 200 e 240 por voo.
