Um estudo da Escola de Economia e Ciência Política de Londres, em coordenação com o Governo, conclui que a falta de infra-estruturas, especificamente estradas, está a limitar a diversificação da economia no país. Os especialistas propõem reformas políticas abrangentes para promover um crescimento económico sustentável e inclusivo.
O mais recente relatório publicado pelo Ministério da Economia e Finanças sobre o diagnóstico do crescimento de Moçambique revela que o desenvolvimento da economia nacional é travado por diferentes desafios, com destaque para infra-estrutura rodoviária deficiente.
“Estas deficiências, sobretudo nas zonas rurais, aumentam os custos de transporte, o que limita a capacidade dos agricultores, das empresas nacionais e dos grandes investidores de acederem aos mercados nacionais e estrangeiros e de desenvolverem ligações a montante e a jusante ao longo das cadeias de valor”, sustenta o documento.
O documento vai mais longe ao avançar que a burocracia excessiva e a má qualidade regulamentar criam um ambiente de negócios turbulento, aumentando os custos para empresas existentes e novas.
“O acesso à terra é complexo, com dificuldades de registo e transferência de direitos, minando o investimento privado e sustentando práticas de microcorrupção. A falta de coordenação entre instituições governamentais prejudica o ambiente de negócios e a confiança no Governo. Testemunhos destacam a sobreposição de responsabilidades e implementação ineficaz de políticas”, explicam os especialistas.
Embora o capital humano não seja um desafio imediato, o estudo propõe melhorias na educação para a diversificação económica a longo prazo.