Professores estão a ameaçar paralisar as atividades a partir da próxima sexta-feira, alegando que o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, mentiu ao afirmar que mais de 70% destes profissionais já receberam o pagamento de horas extras.
A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) contesta as declarações do Governo, argumentando que apenas dois dos 13 meses em dívida foram pagos, representando apenas trinta por cento do total.
De acordo com Isac Marrengula, presidente da ANAPRO, a afirmação do primeiro-ministro é totalmente falsa e apenas serve para aumentar a frustração dos professores. Ele questiona quais são os supostos 70% mencionados pelo governo, destacando que, em alguns distritos da província de Gaza, o pagamento das horas extras só ocorreu em três deles.
Os professores deram um prazo de seis dias ao Governo para regularizar a situação, exigindo o pagamento das horas extras em atraso e a resolução de outras preocupações pendentes. Caso contrário, ameaçam convocar uma paralisação das aulas em todo o país.
Durante uma conferência de imprensa realizada este sábado, os membros da ANAPRO denunciaram intimidações e ameaças de morte que têm enfrentado. Vestidos com as suas batinas brancas características, expressaram preocupação com a falta de respeito pelos seus direitos e exigiram melhores condições de trabalho, incluindo a redução da superlotação das salas de aula.