Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Qatar pediram este sábado “medidas irreversíveis” para reconhecer a Palestina e a solução de dois Estados, e rejeitaram uma operação militar israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
A posição consta da declaração final de uma reunião em Riade entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, do Egito, Sameh Shukri, do Qatar, Mohammed bin Abdulaziz, e da Jordânia, Ayman Safadi, e ainda o conselheiro diplomático do Presidente dos Emirados Árabes, Anwar Gargash, e o ministro palestiniano dos Assuntos Civis, Hussein al-Sheikh.
“A necessidade de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, alcançar um cessar-fogo imediato e abrangente” e garantir a proteção dos civis de acordo com o direito humanitário internacional é afirmada na declaração.
Esta reunião ministerial consultiva decorreu na véspera do arranque, na Arábia Saudita, da reunião extraordinária do Fórum Económico Mundial (FEM), que se prolongará até segunda-feira e se centrará na situação no Médio Oriente, especialmente na guerra lançada por Israel na Faixa de Gaza.
A reunião do Fórum Económico Mundial, dedicada à adaptação às alterações climáticas e à transição energética, contará com a presença de alguns dos principais intervenientes nos esforços para travar o conflito em Gaza, como o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken.
O presidente do FEM, Borge Brende, disse este sábado que Blinken iria à Arábia Saudita “imediatamente após as suas visitas à China e antes de ir a Israel” e o departamento de Estado confirmou que o chefe da diplomacia dos EUA estará segunda e terça-feira na Arábia Saudita.
O Fórum Económico Mundial deverá também receber o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Alemanha e Reino Unido, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, assim como os primeiros-ministros do Qatar, Jordânia, Egito e Iraque.