O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) desmantelou, esta quarta-feira, no bairro de Namicopo, em Nampula, um escritório de registo clandestino de cartões de telefonia móvel de uma das operadoras usando apenas, como identificação, o cartão de eleitor.
Em conexão com o caso, estão detidos 27 cidadãos, cinco dos quais colaboradores da empresa de telefonia móvel Vodacom e um jovem de 21 anos, mentor da iniciativa e proprietário do escritório clandestino.
De acordo com a Rádio Moçambique, foram apreendidos mais de setecentos cartões de eleitor e material significativo de cartões de telefonia móvel, telefones e equipamentos informáticos que eram usados para o registo de cartões SIM.
Depois do registo, os cartões SIM só funcionavam 15 dias e depois eram descartados. O indiciado e mentor da iniciativa disse que foi incentivado a criar o escritório clandestino de registo fraudulento por um antigo funcionário da Vodacom, também detido.
Falando em conferência de imprensa, no bairro de Namicopo, para ilustrar como é que funcionava o esquema, a porta-voz do SERNIC, em Nampula, Enina Tsinine, explicou que diverso material foi enterrado, na medida em que a corporação fez a abordagem à residência dos suspeitos, onde o cabecilha do grupo se pós em fuga, ao se aperceber da gravidade da situação.
Enina Tsinine disse ainda que o material em alusão era composto por documentos, telefones, carregadores entre outros.
Um dos indiciados, por sinal colaborador da Vodacom, que vende pacotes iniciais na rua, nega o seu envolvimento no esquema.
“Em algum momento vendi cartões de pacote inicial para este jovem que está em causa, cuja quantidade não posso revelar, porque dependia da quantidade que me davam para vender. Não desconfiei que se tratava de burla, porque temos uma pressão no serviço de metas de venda. Então, quando alguém vende mais rápido, fecha a meta e nalgum momento é bem visto”, disse.
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