Professores e alunos do ensino primário e secundário marcharam ontem em apelos para maior consciência sobre os direitos da criança africana, em especial, da moçambicana. Em apelo, os professores defendem que é preciso garantir “hoje um futuro saudável” as crianças do continente.
Com vestes e danças, foi um desfile pelas avenidas da capital do país. Os particpantes empunhavam as bandeiras dos países do continente historicamente conhecido como o “Berço da humanidade”.
O professor Luís Loforte, que dirigia a marcha disse que é uma ocasião especial e importante para as crianças, pais e encarregados de educação compreenderem o respeito que devem ter pelos direitos da criança.
“No final do dia temos todos nós de nos empenhar, primeiro em transmitir as crianças sobre os seus direitos assim como nós os adultos devemos encarar como nosso dever. Temos de pensar que o futuro do nosso continente é o futuro destas gerações. Temos de pensar que tudo aquilo que não fizemos nas nossas gerações, oxalá possamos transmitir pouco disto as gerações vindouras”, disse.
Uma vez que a marcha é feita em prol das celebrações do Dia de África, data que se regista a cada 25 de Maio, Luís Loforte explicou também a importância da identidade cultural africana.
“Não há melhor forma de axaltar e celebrar África. Nós fazemos isto com os nossos alunos para que desde pequenos, através de manifestações culuturaiis como: a dança, poesia, gastronomia e alguns trajes, possamos transmitir para a sociedade a importância de todas as sociedades africanas aqui representadas pelos professores, alunos e pais” referiu.
Os petizes que também são “donos da festa”, mostraram que sabem por que comemoram. “Estamos a celebrar a todos nós então temos todos de celebrar o Dia de África” disse uma aluna do ensino primário.
Por sua vez, os encarregados de educação que acompanharam a marcha reforçaram que as crianças precisam desta educação de forma continua. “Para nós é com muito orgulho que transmitimos valores a essas crianças. Nós mostramo-las quem nós somos e quais são as nossas raízes, e que continuemos a alimentar esta esperança as nossas crianças”, acrescentou Suzana.