O país poderá melhorar a capacidade de investigação geológica, através do uso de métodos modernos a serem implementados pelo Instituto Karpinsky, uma organização russa que vai formar estudantes e pesquisadores moçambicanos, no Museu Nacional de Geologia.
É o início de uma parceria que vai dotar os estudantes moçambicanos de técnicas mais avançadas para a pesquisa de minérios no país.
Para o efeito, foi assinado ontem um memorando de entendimento no qual o Instituto russo Karpinsky se compromete a formar estudantes moçambicanos em matéria de investigação geológica.
A directora nacional de Geologia e Minas, Luísa Mahocha, considera que “nós olhamos para esta parceria como sendo aquela que vai trazer melhor capacidade para o uso de instrumentos na área geológica, e esperamos que as classes que vão ser formadas nesta parceria sejam capazes de replicar o conhecimento e fazer colectas representativas para a exposição aqui, no Museu Nacional de Geologia”.
Por sua vez, os especialistas russos comprometem-se a trazer os modelos mais avançados de ensino sobre minérios para o país.
“No âmbito do projecto das classes Karpinsky, ofereceremos aos estudantes e especialistas de Moçambique os resultados das mais recentes pesquisas de cientistas excepcionais do Instituto, mostrando modelos metodológicos e a esfera das tecnologias de informação”, garantiu Pavel Khimchenko, responsável do Instituto Russo Karpinsky.
O Museu Nacional de Geologia diz ainda que os conhecimentos russos, a serem partilhados com estudantes e pesquisadores moçambicanos, respondem às necessidades da instituição na busca de mais visibilidade de recursos minerais existentes no país.
Por outro lado, os estudantes, presentes no acto, louvaram a iniciativa e esperam poder ajudar o país a saber mais sobre as suas riquezas. “É gratificante ter essas novas oportunidades, por isso vai ajudar a catapultar os nossos conhecimentos. Será uma boa oportunidade para complementar os nossos conhecimentos em algumas cadeiras, como é o caso dos métodos de pesquisa”, destacaram.
Para além de capacitar alunos e pesquisadores, segundo os intervenientes, a assinatura do memorando, com duração de dois anos simboliza a fortificação dos acordos bilaterais entre a Rússia e Moçambique, nas diversas áreas de cooperação.