Foi aumentado o número de fiscais no ponto de chegada e partida de embarcações em Lunga, depois do naufrágio que matou 98 pessoas há mais de um mês. Por outro lado, a equipa da comissão de inquérito já terminou o trabalho de recolha de dados no terreno.
Passam-se trinta e dois dias depois do naufrágio de 7 de Abril, que matou 98 pessoas em Lunga, ao largo da Ilha de Moçambique. Antes da tragédia, a Administração Marítima tinha apenas um fiscal para toda a orla marítima, e agora o número foi reforçado para evitar embarque e desembarque de passageiros fora do controlo.
“Em Lunga, já temos fiscais permanentes, e aqui, na Ilha de Moçambique, também, para evitar que as pessoas se façam às embarcações superlotadas e sem coletes. Está tudo assegurado. Antes, tínhamos apenas um fiscal, e hoje temos cinco, porque temos duas estações de embarque por semana. As embarcações de Lunga para a Ilha de Moçambique são duas vezes por semana”, explicou Sahara Luís, administradora marítima.
Dias depois da tragédia, o Governo criou uma comissão de inquérito para apurar as causas do acidente e produzir recomendações sobre as medidas a serem adoptadas para evitar situações similares no futuro. O tempo estipulado de trabalho terminou semana passada e aguarda-se a divulgação dos resultados desse inquérito. A nível local não se avança qualquer informação.
“Ainda não, porque o relatório já foi enviado. Qualquer coisa irão saber do INAMAR”.
O naufrágio aconteceu em pleno feriado, por volta das 13h30, e a informação só chegou às autoridades três horas depois.