A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique divulgou os nomes de 16 cidadãos, incluindo dois tanzanianos, suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas, financiamento e crimes relacionados na região de Cabo Delgado.
A lista, publicada no Boletim da República, identifica Safina Firbate Maulana, uma camponesa tanzaniana de 36 anos, como uma das envolvidas, que se juntou ao grupo terrorista em outubro de 2020.
O primeiro nome da lista é Ajame Momade Ali, também conhecido como Ustaz ou Ostaz, residente na Ilha de Vamizi, em Palma. Ostaz, um comerciante de produtos alimentares, foi detido enquanto transportava uma série de produtos, incluindo alimentos e materiais de construção, para os acampamentos terroristas.
Entre os detidos está também Amir Yassine Chabire, um moçambicano de 77 anos, que se juntou aos terroristas em 2020, a partir da Aldeia Camalinga, em Palma. Dois dos detidos têm apenas 23 anos, sendo os mais jovens do grupo.
Um dos suspeitos mais jovens, Mamudo Ismael Sefo Sante, foi acusado de recrutar jovens sob o pretexto de oferecer empregos em organizações internacionais, prometendo-lhes compensações financeiras.
A PGR acusa os 16 detidos de participação em ataques terroristas, financiamento e recrutamento de membros para os insurgentes ativos em vários distritos de Cabo Delgado. Desde 2017, a região enfrenta uma onda de violência que resultou em milhares de mortes e deslocou mais de um milhão de pessoas.
Esses ataques tiveram impacto significativo na região, levando à suspensão de projetos de grande escala, incluindo o megaprojeto de produção de Gás Natural Liquefeito liderado pela TotalEnergies e a decisão final de investimento de outro projeto liderado pela ExxonMobil.
