O Presidente da França fez um novo aviso à Rússia, em reacção à possibilidade de invasão a outros países, afirmando que a Europa não hesitará em usar os meios militares necessários para proteger a paz no continente.
Emmanuel Macron pronunciou-se a respeito, no sábado, sobre os últimos acontecimentos no teatro das operações na Ucrânia, em que a Rússia está em franca vantagem militar. “Temos que dizer em algum momento que, se a Rússia for longe demais, todos os europeus devem estar prontos para agir, para a dissuadir”, frisou, realçando que a “ofensiva está a se aproximar das nossas casas, então devemos estar prontos para isso”, segundo a imprensa brasileira.
O líder francês referiu que o armamento é necessário para proteger o futuro do seu país, afirmando que a França é “uma potência de paz”. Garantiu, nesse sentido, que mais ajuda será enviada à Ucrânia nas próximas semanas. “Não podemos ter certeza porque isso está a acontecer a 1.500 km da nossa casa. Neste momento, a Roménia, a Polónia, a Lituânia e outros países podem ser atacados”, disse, acrescentando “que, se quisermos a paz, ela tem de ser protegida”.
“É por isso que temos que nos armar, é por isso que temos que ser um impedimento confiável às vezes para os nossos adversários, dizendo-lhes, se vocês forem longe demais e ameaçarem os meus interesses e a minha segurança, não descartarei a possibilidade de intervenção”, afirmou Emmanuel Macron.
No final de Fevereiro, o Presidente da França declarou que discutiu com os líderes de alguns Estados-membros da OTAN, incluindo Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Polónia e Reino Unido a possibilidade de enviar forças militares para a Ucrânia, mas não houve consenso.
Moscovo expressou, repetidamente, a vontade de se defender de ameaças à sua segurança, e que responderá, apropriadamente, como no caso da Ucrânia.