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Nyusi defende que a eliminação de exigências não garantem lucros para o sector privado

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O Presidente da República afirma que os lucros nos negócios não se fazem com eliminação de exigência, sob risco de criar retrocesso na economia. Filipe Nyusi, que falava durante a abertura da 19.ª edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), explicou que a exigências dos patrões carecem de profunda análise e reflexão de modo a garantir competitividade no sector.

Durante o discurso de abertura, o Presidente da República, Filipe Nyusi, começou por destacar que a conjuntura económica global é caracterizada por taxas de juros altas. Para o chefe de Estado, a situação dificulta o financiamento aos países em desenvolvimento.

“Estas taxas estão muito acima do objectivo faxado em 2%, o que constitui um factor de atratividade de fluxo de capitais que procuram maximizar diferenciais de rendibilidade em dentrimento de finaciamento de economias emergentes”, explicou o PR.

Ainda assim, Filipe Nyusi fez saber que o país recebeu, em 2023, 2,2 biliões de dólares americanos em termos de intenções de investimentos no sector real, o que representa um crescimento de 44%, relativamente ao valor registado no ano anterior.

Nyusi considera que Moçambique é fortemente influenciado pelas variações de preços a nível internacional, tratando-se de uma economia emergente e dependente de importações em diversos sectores.

“As medidas adoptadas pela comitê de política monetária (CPMO), durante os últimos tempos, aliviaram o custo de financiamento. O alívio contínuo destas medidas depende da conjuntura económica do nosso país face à exposição ao exterior em relação a importação de cereais e produtos energéticos, cuja volatilidade de preços têm impacto directo na inflacção doméstica”, sustentou.

Sobre a exigência do sector produtivo de isenção do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) no óleo alimentar e sabões, o Presidente da República rebate que eliminar obrigações prejudica a economia.

“Os lucros e as receitas não se fazem em dentrimento de eliminação de algumas exigências, senão a economia não se faz. Em 2022, anunciamos medidas de aceleração económica que serão alvo de avaliação”, defende Nyusi.

Relactivamente ao reembolso do IVA e atrasos no pagamento de fornecedores do Estado, Nyusi disse tratar-se de uma situção sensível, que necessita de muito debate e reflexão, de modo que as mexidas não afectem negativamente o funcionamento da economia nacional.

Além disso, o Chefe de Estado afirma que o Governo está a trabalhar com as forças de cooperação regional para travar os raptos no país, sendo maior parte das vítimas os empresários. E mais, segundo Filipe Nyusi, é necessário cautela e paciência para implementar soluções claras para a prática.

“Esta cooperação visa bloquear e eliminar as redes que actuam simultaneamente nos outros países. Temos tido grande interesse em colaborar com sector produtivo neste domínio. Estamos a fazer trabalho com os países que têm muita experiência neste sentido, mas normalmente não se pressiona o resultado, porque o criminoso pensa e nós temos que pensar mais que eles. É um esforço que temos que fazer em iniciativas colectivas com todas dorças vivas da sociedade, incluindo os nossos parceiros e amigos”, disse Filipe Nyusi.

O presidente da República afirmou que o diálogo entre o Governo e o sector privado nunca será conclusivo pela dinâmica do mundo.
“Deve ser visto na perspectiva que buscamos soluções que geram equilíbrio entre o interesse, retorno do investimento, que as vezes se arrasta para posições extemas como isenções fiscais pretencionistas”, justifica Nyusi.

O maior evento de diálogo público-privado discute uma carteira de projectos estimada em 1,7 mil milhões de dólares, maioritariamente dos sectores de agro-indústria, turismo, infra-estruturas e energia, e com potencial de gerar mais de 200 mil postos de empregos em cinco anos. O valor representa um crescimento em 300 milhões de dólares em comparação aos 1,4 mil milhões do pacote de projectos discutido na CASP de 2023.

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