O presidente da Renamo, Ossufo Momade, dirigiu a abertura oficial do sétimo congresso da Renamo que decorre na vila autárquica de Alto Molócuè, na Zambézia, onde fez um discurso muito virado a Venâncio Mondlane, mesmo sem ter mencionado em nenhuma linha o seu nome.
“Como é de domínio geral, agentes alheios à Renamo investiram energias negativas para convencer a opinião pública nacional e internacional que não queríamos realizar este sétimo congresso em tempo útil, por isso aproveitaram-se dos constrangimentos decorrentes do fim do processo autárquico de 2023 para pôr em causa o mandato dos órgãos do partido, admitindo, deste modo, consagrado no n.°2 ao artigo 107 dos estatutos que determinam ‘os membros os órgãos eleitos permanecem em exercício de suas funções até à eleição e tomada de posse de outros titulares’. A mesma corrente tudo fez para nos desacreditar e procurou desmobilizar os nossos membros, apesar do disposto no artigo 32 dos estatutos, ‘a Comissão Política Nacional é um órgão de direcção política permanente do partido. Este órgão reuniu no dia 25 de Janeiro do presente ano e através do presidente convocou a sexta sessão ordinária do conselho nacional para a primeira quinzena de Abril passado e no dia 14 realizou-se e teve como um dos pontos de agenda a realização do sétimo congresso que viria a ser convocado para hoje e amanhã, 15 e 16 de Maio”, disse Ossufo Momade para explicar que não foi forçado a marcar o congre
Ossufo Momade entende que com a realização do sétimo congresso abre-se uma nova página no seio da “família” Renamo e saudou a todos os membros da “perdiz”, com particular destaque aos generais que travaram a guerra civil que o maior partido da oposição em Moçambique a considera se luta pela democracia.
De forma incisiva, referiu que “aqui e agora, mais uma vez, queremos dizer que a Renamo não se guia por chantagens e agendas ocultos. A Renamo, a nossa obra-prima, guia-se pelos estatutos que são o instrumento programático e orientador. Não venham nos ensinar a democracia porque nós somos os pais da democracia”, disse Momade seguido de forte aplauso dos congressistas que lotaram a tenda que foi transformada numa sala para os mil participantes do sétimo congresso da “perdiz”.
A criação de clivagens na família Renamo, avançou o actual presidente daquele partido, nunca devia e nem deve ser aplaudido por um membros sério da Renamo e terminou desejando “boa sorte a todos os concorrentes” ao cargo de presidente do partido, apesar de ele também fazer parte dos nove que disputam o cargo de topo.