Venâncio Mondlane está fora da corrida à presidência do partido Renamo, depois da aprovação, na madrugada desta segunda-feira, no Conselho Nacional do partido, do perfil do candidato. Entre vários aspectos, o documento exige que o candidato tenha 15 anos de militância sem interrupção e tenha exercido algum cargo de direcção.
O Conselho Nacional da Renamo, que esteve reunido este domingo, na Cidade de Maputo, aprovou um instrumento que pode pôr fim ao desejo de Venâncio Mondlane de presidir ao partido. Trata-se do perfil do candidato à presidência do partido.
“Primeiro, é preciso ser moçambicano legítimo, ser membro do partido, ser militante do partido há 15 anos ininterruptos, ter exercido alguns cargos do partido, num período de cinco anos (como secretário-geral, chefe do departamento nacional, delegado provincial, entre outros), ter exercido no mínimo cinco anos de política activa, entre outros elementos alistados para valorizar o perfil”, explicou o porta-voz do partido, José Manteigas.
Ademais, de acordo com a deliberação, o membro deve ter demonstrado ser disciplinado e conhecedor dos estatutos do partido, na letra e no espírito.
Este perfil afasta da corrida apenas Venâncio Mondlane, porque os outros membros, que também manifestaram interesse, como Elias Dhlakama e Juliano Picardo, reúnem condições.
Sobre as vozes que consideram que o perfil foi desenhado para afastar Mondlane da corrida, Manteigas diz que o partido Renamo, igual a qualquer instituição formal, tem regras.