Oito organizações não-governamentais de Cabo Delgado reclamam a falta de financiamento de projetos locais de ajuda aos deslocados da insurgência.
O grupo, que inclui a Kuendeleya, Kupendana e Aprocoso, diz que as embaixadas, incluindo a dos Estados Unidos, e agências internacionais privilegiam o financiamento de projetos de organizações sediadas na capital do país, Maputo.
Abudo Gafuro, porta-voz das organizações, diz que “há falta de inclusão das organizações locais no processo de implementação dos projetos ou das propostas que têm sido lançadas”.
Solicitada a reagir, a embaixada dos Estados Unidos disse num e-mail que trabalha com a Fundação MASC para apoiar mais de 15 organizações de base em Cabo Delgado com financiamento e formações de gestão financeira e de projetos.
A embaixada americana disse que no grupo existem organizações que nunca haviam recebido fundos do governo americano, e que outros parceiros nacionais, com sede em Maputo, trabalham estreitamente com organizações locais, rádios comunitários e jornalistas, redes de líderes religiosos, empreendedores, músicos, e professores.
A província de Cabo Delgado é desde 2017 alvo de ataques terroristas que resultam na fuga de milhares de pessoas, principalmente dos distritos mais a norte.
