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Presidente da República envia condolências a Putin e garante apoio após morte de Embaixador

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O Presidente da República, Filipe Nyusi, enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte, em Maputo, do embaixador Alexander Surikov. Filipe Nyusi assegura que o país vai prestar apoio no processo que se segue.

Na mensagem da Presidência da República a que o “O País” teve acesso, o chefe de Estado refere que o embaixador Alexander Surikov foi um defensor incansável do estreitamento de relações amistosas, de solidariedade e cooperação entre os povos e os Governos dos dois países.

“A partida precoce do embaixador Surikov, um diplomata dedicado, com qualidades excepcionais que, com profissionalismo ímpar, soube defender os interesses do seu país, enquanto impulsionava uma cooperação profícua entre os nossos dois países, deixa um vazio imenso”, refere a mensagem de condolências do Presidente moçambicano.

Na mesma mensagem, Filipe Nyusi reitera a “solidariedade” e “o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes”.

“Reiterando a nossa solidariedade e o apoio total do Governo de Moçambique aos trâmites subsequentes, queira aceitar, Excelência, os protestos da minha elevada consideração e estima pessoal”, diz ainda o estadista moçambicano na sua mensagem.

O chefe do Estado moçambicano acrescenta, na mensagem, que, neste momento de pesar, em nome do Povo, do Governo da República de Moçambique e no seu próprio, endereça à família enlutada e ao Governo da Federação da Rússia as mais sentidas condolências.

Entretanto, a Rússia não autorizou a realização da autópsia do seu embaixador em Maputo, algo que é desconhecido pelo Ministério Público moçambicano.

“Sobre este assunto [a não autorização de autópsia] não poderei falar (…). Não tenho conhecimento. Mas naturalmente qualquer ocorrência criminal, se for caso, o Ministério Público toma conhecimento”, afirmou à comunicação social o porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Nazimo Mussá, à margem da reunião da entidade em Maputo.

Alexander Surikov, de 68 anos, foi encontrado morto, no sábado à noite, na sua residência oficial em Maputo e, segundo a polícia moçambicana, as autoridades russas não autorizaram qualquer exame ao corpo.

Recorde-se que a nota da Polícia da República de Moçambique, no domingo, referia que a “presunção” da investigação é de “morte súbita por causas indeterminadas”, contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo “constatou que o corpo já tinha sido acondicionado”.

“E, por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (…) exame do corpo e muito menos autópsia”, refere-se na informação.

Alexander Surikov foi embaixador da Rússia em Moçambique nos últimos sete anos, e este seria o último ano do seu mandato no país.

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