Elias Dhlakama, um dos pré-candidatos à presidência da RENAMO, o principal partido da oposição moçambicana
Elias Dhlakama, um dos pré-candidatos à presidência da RENAMO, o principal partido da oposição moçambicana, defende maior abertura do partido às dinâmicas sociais. “A RENAMO vive da sociedade. Quem vai votar na RENAMO é a sociedade”, afirma em entrevista à DW África.
Estes pronunciamentos de Elias Dhlakama surgem na sequência das críticas sobre os requisitos para os candidatos à liderança do partido.
O político defende o respeito dos estatutos do partido, mas sem se esquecer dos limites constitucionais sobre a idade mínima [de 35 anos], para os candidatos à Presidência da República.
Em entrevista a Dw Elias Dhlakama (ED): diz acreditar que a reação ao perfil aprovado pelo Conselho Nacional é uma situação que aborreceu a sociedade. Gostaria que houvesse mais abertura. “O perfil que desta vez entrou em vigor, ou que vai entrar em vigor, não é de hoje. Já foi uma prática no passado. Em 2019, foi o mesmo perfil que vai ser implementado neste congresso. Agora, precisaria de facto que houvesse uma revisão, se houvesse essa vontade, se houvesse essa necessidade de o fazer. A sociedade fala como quiser, mas a sociedade ainda não reclamou porque um jovem de 18 anos não pode concorrer à presidência da República. Porque este indivíduo é um cidadão. Mas não é por aí, as coisas não podem ser em torno das pessoas, tem de ser em torno do partido. Porque, assim querendo, cada um vai ter a sua proposta para que seja incluso. Mas se formos fazer as coisas de acordo com as nossas vontades, deixa de ser um partido”.