A Comissão Consultiva do Trabalho (CCT) vai apreciar, nos próximos dias, uma proposta do Ministério dos Transportes e Comunicações sobre o escalonamento dos horários de trabalho na cidade de Maputo.
A proposta, que pretende aliviar a pressão sobre os transportes públicos de passageiros, deverá abranger a função pública, comércio, instituições de ensino e unidades sanitárias.
Assim, a proposta ministerial prevê que os funcionários públicos iniciem as actividades laborais às 8h30 e cessem às 16h30, em oposição ao actual horário das 7h30 e as 15h30. As escolas e universidades deverão abrir entre as 7h00 e as 8h00.
O documento prevê que as unidades sanitárias funcionem entre as 6h30 e as 17h30; o comércio a retalho entre as 9h00 e as 19h00; os grandes supermercados entre as 9h00 e 20h00.
O ensino primário, o sector privado, a banca, seguros e comércio grossista deverão manter os horários de serviço.
A ideia do escalonamento dos horários de serviço tem que ver com a necessidade de reduzir o tempo de espera e de viagem dos passageiros, nas horas de ponta, acidentes de viação e estresse dos condutores, principalmente nas primeiras horas do dia. A medida em vista poderá reduzir o fluxo de circulação na ordem de 55 mil pessoas em apenas uma hora.
Um estudo constatou que em 10 anos a pressão sobre a Área Metropolitana de Maputo duplicou. Passou de 350 mil para mais de 600 mil as pessoas que adentram a cidade, o número de veículos duplicou e o tempo médio de deslocação aumentou.
