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Comandante-geral da PRM questiona razões dos conflitos em livro

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O comandante-geral da PRM diz que os conflitos ocultos são os mais dominantes na sociedade moçambicana. No seu mais recente livro, Bernardino Rafael defende a necessidade de se analisar o problema dos conflitos para perceber a sua razão de ser.

Bernardino Rafael lançou o seu livro nesta terça-feira, na Cidade de Maputo, capital do país, desta vez, uma obra cheia de exclamações e interrogações. O comandante-geral da PRM questiona se os conflitos são uma realidade inegável e não encontra respostas.

“As pessoas, quando andam em zonas propensas às incursões do terrorismo, apanham estroços, escombros, carros queimados, casas queimadas, a primeira coisa é susto, depois medo, o corpo traz tédio, então, indignamo-nos e questionamos porque o terrorismo”, referiu o comandante-gerar da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Mas, na cerimónia de lançamento do livro estava um convidado especial, o ministro do Interior, Pascoal Ronda, que tem uma das possíveis respostas por si procuradas.

“Onde há grupo de pessoas, o conflito é sempre susceptível e, por vezes, inevitável, na medida em que cada pessoa persegue os seus interesses e objectivos, sendo, por isso, fundamental saber lidar com o fenómeno”, disse o ministro do Interior.

É, sim, uma das saídas, mas Bernardino Rafael considera ser importante reflectir sobre problemas causados pelos conflitos, principalmente os ocultos.
“Existem conflitos eleitorais e existem conflitos, até aqueles ocultos, que são, posso dizer, maioria. Os conflitos que não chegam nem à esquadra, nem à igreja, nem, sei lá…”, defendeu Bernardino Rafael.

Como não devíamos ignorar o terrorismo, um dos conflitos que assolam o país, questionámos sobre o estágio das novas zonas atacadas em Cabo Delgado e respondeu.
“Vem aí vítima de inocência. Eu abordo qual é a situação de violência, ali eu abordo qual é a situação de crianças, como é que terroristas se comportam perante crianças, perante os idosos, qual é a parte sanguinária dos terroristas, além de matar e esquartejar, ali eu abordo na obra”, prometeu, Bernardino Rafael, lançar um novo livro.

Sobre o envolvimento de agentes da Polícia em actos criminais, o que o fez emitir uma instrução de reflexão das causas desse problema, o comandante-geral da PRM explica-se.

“Os dados são reais. Foi a STV que disse que, no ano passado, nós expulsámos 100 agentes. Significa que 100 agentes infringiram as regras da Polícia da República de Moçambique”, clarificou a razão da sua instrução de reflexão, Bernardino Rafael.

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