Início política Ecos de um Comité Central “sinistro” e imprevisível

Ecos de um Comité Central “sinistro” e imprevisível

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Fleetrack Moçambique, SA

Caiu o pano, na noite de domingo, sobre a I Sessão Extraordinária do Comité Central, uma reunião “sinistra” e imprevisível, que pôs fim à novela da sucessão no partido Frelimo. Convocada para durar apenas um dia, a reunião acabou levando três dias, tendo havido informações dando conta de um possível adiamento, devido à falta de consenso sobre os nomes que deviam ir à votação.

Ana Rita Sithole, deputada e membro do Comité Central da Frelimo, disse não ter ficado surpresa com a prorrogação do prazo dos debates, em mais de 20 anos de militância, nunca testemunhou um processo de sucessão que tenha durado apenas um dia. Quem também não se recorda de uma sucessão fácil é Celso Correia, que comparou aquele processo ao serviço de parto. “De Partos difíceis sempre nascem meninos bonitos”, defende.

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Decoração DK Eventos

No entanto, se a prorrogação da reunião, de um para três dias, não surpreendeu os “camaradas”, a organização e os resultados do encontro surpreenderam a todos e todos. À partida, Aires Ali, José Pacheco e Basílio Monteiro eram considerados “favoritos” dos membros do Comité central, enquanto Roque Silva despontava como a principal aposta de Filipe Nyusi, tendo Daniel Chapo e Damião José como “fauna acompanhante”, porém, acabou sendo o Governador de Inhambane a estrela da noite.

De fora, os jornalistas viviam um dos maiores martírios profissionais da sua vida. Durante os três dias, os profissionais da comunicação social moçambicana foram proibidos de atravessar o portão da Escola Central da Frelimo, tendo montado as suas Redacções numa área destinada ao lazer e ao estacionamento de viaturas.

Aliás, diferentemente das reuniões anteriores, os jornalistas não tiveram qualquer crachá para cobrir o evento, sendo que o acesso ao pátio e à sala de sessões, horas antes do encerramento, foi feito mediante uma chamada nominal e pela segurança do Chefe de Estado. Neste quesito, os jornalistas foram submetidos a três processos de “confirmação” dos nomes e presenças. Apenas funcionários do Gabinete de Imprensa do Presidente da República estavam acreditados.

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